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Pesquisador:
Bruno Daniel Lenhare
(Dissertação de Mestrado)

Vulnerabilidade do carste nas cabeceiras dos Rios das Almas, São José de Guapiara (Bacia do Rio Paranapanema) e do Rio Pilões (Bacia do Rio Ribeira de Iguape) na região do Parque Estadual Invervales (PEI), Estado de São Paulo.

Vulnerabilidade do carste: Texto

O Parque Estadual Intervales (PEI) está localizado entre o Planalto de Guapiara e a Serra de Paranapiacaba e, juntamente com outras unidades de conservação, constitui um extenso corredor de áreas de proteção ambiental (o continuum ecológico da Serra de Paranapiacaba). Portanto essa região exibe uma diversidade natural muito atraente para estudos interdisciplinares, que envolvem a geologia, espeleologia, biologia, ecologia e muitos outros.

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Figura 1 – Localização do PEI e outras UCs que compõem o continuum ecológico da Serra de Paranapiacaba.

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Vulnerabilidade do carste: Imagem

As Unidades de Conservação têm o papel de garantir a proteção ambiental na região, mas a pressão antrópica nos arredores delas em busca de minérios, desenvolvimento de atividades agropastoris, ocupação desordenada e políticas públicas ineficientes (falta de fiscalização) são uma ameaça constante ao delicado equilíbrio do meio ambiente. Com vistas a esse panorama, o pesquisador Bruno Daniel Lenhare desenvolveu a dissertação de mestrado na região do PEI, onde procurou definir a vulnerabilidade do carste em relação as pressões ambientais e antrópicas, por meio de estudos identificaram zonas mais conservadas e outras que estão sujeitas ao impacto ambiental e antrópico.
O estudo revelou que no Planalto de Guapiara o carste é pouco expressivo com feições cársticas dispersas e raras em todos os corpos carbonáticos abordados. O relevo mais suavizado, com gradientes hidráulicos relativamente baixos e o pouco tempo de exposição das rochas carbonáticas não permitiram o desenvolvimento de um sistema cárstico pleno no planalto. Na Serra de Paranapiacaba, o relevo mais acidentado, associado a altos gradientes hidráulicos, carbonatos mais puros, e maior tempo de exposição das rochas carbonáticas, permite que as feições sejam mais concentradas e apresentem maior desenvolvimento em relação ao planalto. A partir da determinação da configuração do carste foi possível se determinar a vulnerabilidade e a delimitação de um zoneamento ambiental do sistema cárstico com a utilização de dois métodos: EPIK e KDI. Na região do Planalto de Guapiara a vulnerabilidade do carste é baixa e a ocupação humana é mais expressiva, com poucos riscos ao sistema e à população que ali se estabeleceu. Na região da Serra de Paranapiacaba a presença de feições cársticas mais constantes e mais concentradas indica vulnerabilidade muito alta, porém a presença de Unidades de Conservação garante a preservação deste tipo de sistema e a baixa ocupação e interferência humana.

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Figura 2 – Vulnerabilidade do carste segundo método EPIK.

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Vulnerabilidade do carste: Imagem

Figura 3 - Vulnerabilidade do carste segundo o método KDI

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Vulnerabilidade do carste: Imagem

REFERÊNCIAS:


LENHARE B.D. (2014) Vulnerabilidade do carste nas cabeceiras dos rios das Almas, São José de Guapiara (Bacia do Rio Paranapanema) e do rio Pilões (Bacia do Rio Ribeira de Iguape) na região do Parque Estadual Intervales (PEI), estado de São Paulo. Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo


LENHARE BD, SALLUN FILHO W (2014) O carste nas cabeceiras dos rios das Almas, São José de Guapiara (Bacia do Paranapanema) e do Rio Pilões (Bacia do Rio Ribeira de Iguape), SP. Geociências 33:686–700


LENHARE BD, SALLUN FILHO W; MOREIRA CA. (2019) Land use analysis in karst regions of southeastern São Paulo State. ESPELEO-TEMA, v. 29, p. 181-193.


LENHARE BD, SALLUN FILHO W. (2018) Application of EPIK and KDI methods for identification and evaluation of karst vulnerability at Intervales State Park and surrounding region (Southeastern Brazil). Carbonates and Evaporites, v. 33, p. 1-13.

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